quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Moldura


Simples coadjuvante de uma melodia sem compasso 
Sou um enfeite roto, ou um pacto sem um laço

Tempestade sem pudor pudera eu ser do mesmo jeito?
Um protótipo torto, sem efeito, com defeitos...

Uma surpresa sem suspense, suspensa no espaço.
Uma vida de lembranças fadada ao cansaço...

De ser, crescer, mostrar e provar.
Sentir, viver, sofrer, amar...

Um dia comum são dias de flores.
Tingido a sorrisos, moldado de amores.

domingo, 3 de outubro de 2010

Trabalho em sala: Provérbios (Roberto, Zuka e Yo)






* Em terra de cego quem tem um olho é rei.






Em território de pessoa que possuí deficiência visual, o desprovido de uma de suas órbitas é considerado a carta representada pela letra k

* Pensando na morte da bezerra.
Pensamento voltado no óbito da fêmea descendente do mamífero da raça bovina.

* Os últimos serão os primeiros.
Os alocados nas ultimas posições da ordem crescente terão êxito em sua classificação inversa.

* Quem tem boca vai a Roma.
O homem que possui o orifício no qual designa-se a fala poderá adentra-se a cidade onde está localizado o Coliseu.

* Onde Judas perdeu as botas.
Local no qual a personagem da história cristã furtou-se do calçado utilizado para proteção dos pés.

* Cada macaco no seu galho.
Um único primata esta estabelecido na parte superior do refúgio localizado em seu habitat natural.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Your true colors ♫






Não desperdice seu brilho pelo simples capricho daqueles que esperam de ti a aquarela perfeita.

Não se limite, tampouco te torne fosco ao ponto de se resumir a momento.
Guarde um pouco de fôlego para os momentos que hão de chegar.
Poupe suas cores, e quando chegar a hora despeje-a nas melhores telas.


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Como se da alguém um pedaço do céu?



Sabe quando as lembranças tomam conta do presente, 
e mesmo sem a intenção lhe deixa preso ao passado? 
Sabe quando o presente lhe deixa em pedaços, 
mesmo sem adorno, enfeite ou mesmo laço?

Já tentei pensar e não chorei p lhe agradar. Já tentei mentir, sorrir, postergar...
Sei que o tchau um dia chega, mas ignoro o Adeus, pois sei que é breve.

Sei que nenhum presente chega à altura do que é, do que se sente.
Tudo o que penso é pouco...

Como se da a alguém um pedaço do céu?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Memórias de um requiem


Oh, amantes de outrora. O que restou de nós?
Meus sentimentos não passam de juras, rosas lívidas que pousam sobre meu túmulo.
Enquanto isso em meu rosto, lágrimas insistem em pernoitar. Meu Semblante pálido nada mais é o elmo que me protege da leviandade dos meus atos... Leigo na arte de amar, inconseqüente no modo de ser. Digno de minha natureza, humana.
Seria eu leviatã? Responsável pelo caos que me acompanha?
Ou serei Ícaro? Atirando-me aos céus p/ acabar em brasa.
Não importa o motivo pelo qual aqui estou. Abandono meu leito, calço meu elmo, visto minhas asas. Estou voltando, o mesmo... Apenas mais forte.

domingo, 15 de agosto de 2010

Flores que falharam



















Esperança é a brisa suave que me contradiz. Pois mesmo de olhos fechados, sinto e vejo a hipocrisia que me rodeia. Na mente inerte, recordações de um sábado outrora revés (...)

Noites em que detalhes me espreitavam a madrugada, ruas desertas, flores secas nas mãos.
Uma hora ou outra me deparava com olhares de sentença, olhares daqueles que contemplavam o semblante de um espectro derrotado. Enfim, era uma noite como outra qualquer, e haverão outras mais.
Mas da próxima vez, não rejeite minhas flores. Não deixe que elas terminem como fora minha noite... Seca e morta.

Grito



Imagina se houvesse uma poesia p/ cada desilusão. Um texto p/ cada conflito. Um grito p/ cada forca... Os sentimentos se tornariam tão vagos, os pulmões não teriam força p/ inflar, e os gritos cessariam antes mesmo de ganharem espaço p/ alcançar os ouvidos daqueles que não se importam.
Prefiro tornar menos casual aquilo que p/ muitos é algo cotidiano. Assim o grito torna-se mais forte, e é dado a ele a importância que merece.